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O foco no interessante, no diferente, no novo ou no antigo.

Os rumos da fotografia na era do Instagram.

Em evento realizado em São Paulo, iStockphoto aponta tendências e caminhos para empresas e profissionais que trabalham com imagens digitais.

Por Sheila Horvath

O mercado de fotografia digital está em movimentação constante. “Há cerca de dez anos, todo o segmento de fotografia passou por uma evolução, assim como ocorreu com o setor de música. O fundamental desse processo foi a democratização dos arquivos de imagensâ€, afirmou a country manager da iStockphoto no Brasil, Ana Clara Cenamo, em evento realizado pela empresa na manhã desta segunda-feira, 29, em São Paulo. “O que ocorria era uma grande oferta de imagens na internet, mas com baixa qualidade e muitas vezes o uso indevido dessas imagens, pois não existia uma preocupação com os direitos autorais, assim como no segmento de músicasâ€, completa a executiva. A iStockphoto foi adquirida pela Getty Images em 2005 e, desde então, oferece arquivos royalty-free de fotos, ilustrações, vídeos, áudios e animações em Flash gerados cem por cento pelos usuários.

Segundo Ana Clara, comunidades importantes como o Flickr, que possui cerca de 70 milhões de usuários em todo o mundo, vêm sendo utilizadas com muito sucesso não só por profissionais, como também por amadores muito bem equipados. “Nesse período de evolução digital, os equipamentos também ficaram cada vez mais sofisticados e acessíveis, então temos um perfil de amadores capazes de produzir materiais de extrema qualidade. O que diferencia um profissional de um amador hoje é a alma, o olhar estético e o rigor técnico, pois não adianta ter um ótimo equipamento e não saber ou não conseguir captar um momento especial.â€

O Instagram já é considerado como uma segunda revolução no segmento de fotografia digital com mais de 80 milhões de usuários em todo o mundo. “Existem os fotógrafos profissionais que estão no Instagram, os amadores e até mesmo aqueles viciados em postar sua produção na redeâ€, comenta Ana Clara. Para o diretor de conteúdo criativo da Getty Images, de Nova York, Andrew Delaney, o banco de imagens e as redes sociais são complementares e existe lugar para todos no mundo digital. “Mesmo com toda essa postagem de vídeos e imagens nas redes sociais, os bancos de imagens vão continuar com uma forte atuação na busca por imagens diferenciadas, com alta qualidade e, principalmente, adequadas legalmente pra seu usoâ€, afirma o executivo.

“Hoje a empresa considera o Instagram uma oportunidade de negócio, assim como aconteceu há alguns anos com o Flickr, quando inúmeros profissionais compartilharam seus trabalhos com a iStockphoto, inclusive muitos brasileirosâ€, diz Ana Clara. E é de olho nesses brasileiros que a companhia amplia seus negócios no País, onde está presente desde 2011. Atualmente, a iStockphoto possui 600 profissionais no Brasil e tem como meta chegar a mil até o final de 2013 ¬– são mais de 125 mil artistas, ilustradores, videomakers e fotógrafos em todo o mundo.

“O Brasil é um mercado muito importante para nós, com conteúdos incríveis, além disso, o país está no foco do interesse mundial devido à realização da Copa, em 2014, e das Olimpíadas, em 2016â€, afirma Delaney. “E há também um grande caldeirão cultural no país que nos interessa muito. Daí a necessidade de estimularmos o relacionamento com os profissionais brasileiros.â€

“Mais do que material sobre os ícones como carnaval, praias e mulheres bonitas, queremos imagens que mostrem o cotidiano dos brasileiros, seus hábitos, como se vestem, como trabalham, qual o estilo de vida dessas pessoas, queremos uma mensagem autêntica, nada de poses e muita produçãoâ€, conta o diretor de arte sênior da Getty Images, de Nova York, Bill Bom.

Para isso, por meio da iStockphotos, a companhia realizará um forte trabalho com a comunidade de fotógrafos brasileiro, “nós a acreditamos no potencial criativo dos profissionais brasileiros e queremos estimular esse relacionamento ampliando o nosso banco de imagens do e no paísâ€, afirma Bom. Ele lembra ainda que além de imagens consideradas de importância global, há também um forte trabalho regional a ser desenvolvido. “Ruas e avenidas importantes, festas e arquitetura locais, monumentos tudo isso também têm uma importância muito grande para ampliarmos nosso banco de imagens do paísâ€, completa.

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