Comunicar é dividir algo em comum. Aqui vamos apontar tendências e o que vem seduzido o mundo.
Em propaganda, publicidade, marketing e coolhunting.

Especial Search.

Metade do que é investido atualmente em publicidade digital no Brasil já tem como destino o segmento de buscas.

Por Alexandrina Macedo

 O volume de informações disponíveis atualmente na internet é tão grande e diversificado que é praticamente impossível encontrar o que se procura sem recorrer a um (bom) mecanismo de busca. Por outro lado, o mercado de search tem acompanhado bem de perto a evolução do mundo digital, criando ferramentas e modelos de negócios cada vez mais inovadores e transformando, assim, esse segmento em um dos maiores filões da indústria da internet.

 Para ter uma ideia, segundo previsões do IAB Brasil, apenas o mercado nacional de search – que em 2012 faturou 2,7 bilhões de reais – deve movimentar cerca de 3,8 bilhões de reais neste ano. E esses números não incluem mobile nem ad network. “Hoje, 13% do montante que se investe em publicidade no Brasil já são dedicados ao digital. E desse total, metade já vai para o mercado de buscasâ€, diz Fabio Rowinski, presidente do Comitê de Search do IAB Brasil. “É um mercado em ebulição. Nenhum outro no planeta Terra está tão aquecido como o de buscas na internet. E por um motivo óbvio: ele é o que dá o maior retorno por investimento. Ninguém quer saber se é bonito ou não, e sim de resultadosâ€, analisa.

 Para Andre Kowaltowski, gerente de produtos de publicidade do Google, as buscas têm se tornado cada vez mais importantes nas estratégias de marketing das empresas em decorrência do crescente interesse dos usuários por informações que fundamentem suas decisões de consumo. “As buscas constituem algo como a porta de entrada da chamada ‘prateleira digital’, que, em uma analogia com as prateleiras dos supermercados, devem ocupar todos os espaços e momentos possíveisâ€, comenta.

 Kowaltowski ressalta que atualmente a pesquisa é bem diferente de duas décadas atrás, quando era focada principalmente em palavras-chave, e o usuário precisava procurar a resposta entre os resultados apresentados. “Hoje a ferramenta de pesquisa do Google está muito mais parecida com a ideia original do Larry e do Sergey [referindo-se aos fundadores da empresa]: um motor de busca que entende exatamente o que os usuários estão perguntando e responde exatamente o que eles precisamâ€. Conta.

 Um pouco da história

De fato muita coisa mudou desde que a primeira ferramenta utilizada para busca na internet foi lançada, em 1990. Ainda que inovador para sua época, o Archie nada mais era do que uma listagem de diretórios e arquivos em servidores de FTP, ou seja, não era para pesquisa de páginas. Depois vieram programas como o Gopher, considerado o primeiro indexador de conteúdo; o Wandex, a primeira base de dados de sites, que além de indexar também realizava buscas nas web pages; e o WebCrawler, que permitia buscar por qualquer palavra em qualquer página.

 As buscas por relevância somente tiveram início em 1994, com o Lycos, que dois anos depois já contava com 60 milhões de documentos indexados. Também datam da década de 90 mecanismos de busca como Excite e AltaVista, assim como o Yahoo!, que depois comprou o brasileiro Cadê? e ainda hoje disputa uma fatia desse mercado juntamente com o Bing, criado pela Microsoft em 2009.

 De longe o maior player do segmento de search em todo o mundo, o Google foi lançado em 1998 e desde então já indexou páginas de mais de 230 milhões de domínios e encontrou mais de 60 trilhões de endereços na web. Mas como a internet está sempre mudando, segundo Kowaltowski, o Google tem que rastrear diariamente mais de 20 bilhões de páginas para se manter atualizado. Além disso, todos os meses mais de 100 bilhões de pesquisas são feitas no Google, sendo que 15% delas são inéditas.

Deixe seu comentário





Eikón Comunicação 2012