Dedicamos esse espaço para a temática central "inteligência estratégica", pois acreditamos que sem a estratégia nenhum projeto, ação ou processo possui sentido.
JWT cria agência pop-up para startup.
Chamada Walter, ela funcionará para atender empresas embrionárias promissoras que se destaquem no festival.
Agências costumam aparecer no festival norte-americano de cultura e tecnologia South by Southwest (SXSW), realizado em Austin, no Texas, para acompanhar as tendências do mercado digital. Startups vão até lá para se vender para o mundo. E foi nisso que a JWT enxergou uma oportunidade de negócio, materializada na agência temporária Walter, criada para oferecer ferramentas de marketing para essas empresas embrionárias presentes no festival.
A “agência” existirá por cinco dias, entre 8 e 12 de março. Nesse período, terá contato com 25 startups e selecionará até duas – as mais promissoras – para desenvolver estratégias de mídia e marketing que impulsionem as iniciativas. Para tanto, a Walter terá profissionais advindos dos escritórios da JWT em Nova York, Atlanta, Londres e no Brasil.
A JWT teve a incubadora Techstars como parceira na seleção das startups, além de ter organizado uma chamada pública pelo site calluswalter.com. Mas por que fazer isso, afinal? Declaradamente, para acompanhar e construir uma relação com essa empresa que a agência enxergue como o próximo Instagram, Twitter ou qualquer outra plataforma dentre tantas que despontaram em edições passadas do SXSW.Em seu benefício, poderá aproximar essa startup promissora de seus clientes.
O projeto está sendo encabeçado por Perry Fair, CCO da JWT Atlanta, depois dele ter notado, na última edição do festival, um buraco entre os mercados de agências e startups. A impressão é compartilhada pelo CEO da JWT na América do Norte, David Eastman. “A Walter foi pensada para ser uma iniciativa recíproca – aprendemos com elas (as startups) para onde a tecnologia está caminhando do ponto de vista cultural, enquanto eles também aprendem conosco e podem ser parceiros no atendimento aos nossos clientes”, afirmou Eastman. “É uma troca valiosa. Nós ficamos expostos para startups de tecnologia e elas se mostram para marcas e para o pensamento criativo – ao qual não necessariamente teriam acesso.”
A agência pop-up também sinaliza uma mudança em relação a como agências operam no SXSW. “As grandes redes fazem festas durante o SXSW, mas não tenho muita certeza a respeito do que elas realmente estão fazendo ao oferecê-las. O que me faz gostar da iniciativa do Perry é que ela encara o festival como um espaço de negócios para investidores e startups, gente com boas ideias procurando por sócios. Todas as peças desse ecossistema estão lá, menos as agências”, afirmou Eastman.
Do Advertising Age
Tradução de Eduardo Duarte Zanelato